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Entre os motivos mais comuns para ter pedido o nome emprestado, estão imprevistos e nome sujo na praça...
Se um amigo te pedisse o cartão de crédito emprestado para fazer uma compra, você daria? E se fosse um familiar? Os pedidos são mais comuns do que se imagina: quase 40% dos consumidores brasileiros já pediram o nome emprestado para fazer compras no cartão de crédito. Na maioria das vezes (35,8%), para adquirir roupas. O dado faz parte de um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Entre os motivos mais comuns para ter pedido o nome emprestado, estão imprevistos e nome sujo na praça. O preocupante é que a maioria das compras não se voltou a algo essencial. Além de roupas, o nome emprestado foi usado para adquirir calçados (21,6%), celulares (17,7%) e brinquedos (14,5%). Item realmente necessário, as compras de supermercado (11%) apareceram somente em quinto lugar.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, alerta que ao assumir a dívida de terceiros, por ingenuidade ou por uma simples gentileza, a pessoa passa a responder por todas as consequências financeiras e jurídicas da situação, caso o tomador do nome emprestado não consiga honrar o compromisso. Ou seja, se o amigo ou familiar não pagar a conta, quem paga o pato é você.
O que fazer?
A primeira recomendação dos especialistas é não emprestar cartões e o nome para compras. Tenha certeza: você estará sendo mais amigo da pessoa não emprestando do que deixando ela assumir novos compromissos se já está endividada.
Se considerar que a compra realmente é essencial e resolver passar seu cartão para a pessoa ou emprestar o cheque, esteja preparado para pagar a conta. Tenha uma reserva de emergência para quitar a fatura e não ter de recorrer ao rotativo ou ao cheque especial e se enrolar. Sempre vale a pena checar se você não está com o nome sujo.
Se você está do outro lado, de quem está pensando em pedir o nome de um familiar emprestado, tem de se fazer quatro perguntas: o nome emprestado vai ser útil para pagar algum credor, como uma loja, que esteja me cobrando? A pessoa a quem vou pedir cartão ou cheque sabe da minha condição? Eu conseguirei pagá-la em dia? A compra é realmente necessária naquele momento? Se a resposta for não para qualquer uma das perguntas, repense a atitude.
A pesquisa foi feita com 674 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e residentes em todos os Estados brasileiros.
Fonte: Revista PEGN