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Algumas pessoas recorrem ao cartão de crédito quando querem comprar alguma coisa e não têm dinheiro na conta. Pelo menos é este o motivo dado por 32 por cento dos entrevistados que têm cartão de crédito em pesquisa do SPC Brasil: adquiriram o cartão para poder consumir mais. Mas, será esse o pensamento mais seguro, em termos financeiros, na hora de recorrer a esta ferramenta de compra? “O cartão de crédito traz conveniência e segurança porque viabiliza uma compra, mesmo que o consumidor não disponha de dinheiro no momento do uso. Mas para usufruir das vantagens, é preciso controle para que a pessoa não gaste mais do que efetivamente possa pagar”, diz José Vignoli, educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz.
A pesquisa do SPC Brasil sobre o uso do cartão de crédito identificou que 12 por cento dos brasileiros que utilizam essa modalidade de compra já ficaram com o nome sujo justamente por causa do cartão. “Os consumidores que não quitam o valor integral da fatura correm o risco de cair no efeito ‘bola de neve’, já que hoje, a taxa média cobrada nessas operações gira em torno de 450 por cento ao ano”, diz Vignoli. Assim, em uma época de inflação alta, juros subindo e o desemprego batendo à porta, o cuidado ao usar o cartão de crédito deve ser ainda maior, afinal, esta é época para poupar e evitar dívidas. Para resumir: se for usar o cartão, certifique-se de se planejar bem financeiramente e caso não tenha certeza de que terá dinheiro para pagar a fatura, é melhor deixar o cartão em casa.
Veja sete dicas para fazer o melhor uso do cartão de crédito e não se endividar:
Para 58 por cento dos entrevistados que usam o cartão como meio de pagamento na pesquisa do SPC Brasil, o uso do cartão está associado a querer algo e não poder pagar à vista, precisando parcelar a compra – sendo que roupas, calçados e eletroeletrônicos são os itens mais comprados no crédito. Em média, essas pessoas possuem 4 parcelas para serem pagas. “O problema das compras parceladas é que elas favorecem o descontrole financeiro. Afinal, somando valores supostamente baixos de várias compras, ao final do mês, você terá uma quantia alta para pagar. Assim, juntar o dinheiro e pagar o item à vista é sempre melhor”, diz Vignoli.
Você pode até não fazer grandes compras no cartão, mas coloca lá todos os almoços, cafés, estacionamento, lembrancinhas, cinema, etc. Esses pequenos gastos podem ser um problema se não há controle financeiro porque facilmente podem se tornar uma alta quantia no final no mês. Além disso, quando são feitos via uma forma de pagamento na qual você não vê o dinheiro saindo da carteira ou da conta, o susto pode ser maior ainda. Por isso, a não ser que tenha suas compras e despesas muito bem organizadas e controladas, tome muito cuidado ao usar o cartão de crédito para qualquer que seja a compra.
Somente quem é muito organizado financeiramente não se perde nos gastos usando o cartão para todas as compras no mês. Assim, para evitar dívidas, o melhor é usar o cartão de crédito apenas em compras maiores e/ou urgentes, que necessitam de parcelamento ou de pagamento somente no mês seguinte. Por exemplo, se a geladeira quebrou, não há conserto e é preciso adquirir uma nova, mas você não possui todo o valor para pagamento à vista. Neste caso, o cartão é um facilitador. Mas ainda assim é necessário fazer todas as contas para pagar em dia e evitar fazer outras compras no cartão para não onerar o seu orçamento.
Administre seus gastos. De acordo com a pesquisa do SPC Brasil, o controle dos gastos feitos com o cartão de crédito é praticado por apenas 49 por cento dos entrevistados que têm cartão de crédito, sendo que 34 por cento não sabem o número de parcelas das compras realizadas. Para fazer esse acompanhamento, guarde comprovantes e confira a sua fatura com a maior frequência possível, para não extrapolar o limite de gastos. Além disso, examine atentamente o extrato mensal para saber, por exemplo, como pode economizar no próximo mês. Você pode anotar todos os seus gastos em uma planilha, caderninho ou mesmo num aplicativo que organize finanças. Pode também usar a própria fatura como acompanhamento, se fizer isso com uma frequência razoável. O importante é acompanhar e controlar suas despesas e compras. “Acompanhar fatura e o total de gastos pelo menos uma vez por semana é fundamental não apenas para detectar possíveis cobranças indevidas, mas também para controlar seus gastos”, lembra o educador financeiro.
Segundo a pesquisa do SPC Brasil, apenas 19 por cento dos que usam cartão de crédito como forma de pagamento dizem saber qual a taxa de juros mensal cobrada, caso seja pago o valor mínimo da fatura. “Os juros praticados no rotativo do cartão, cobrado quando a fatura é atrasada ou quando pagamos o mínimo, são um dos mais altos. Nestes casos, o recomendável é fazer ajustes drásticos no orçamento para poder pagar a fatura em dia. Se nem isso resolver, é possível pegar um empréstimo consignado no banco e quitar 100 por cento da fatura do que acumular uma dívida com juros tão altos”, diz Vignoli. Ou seja, para não se endividar, fuja do crédito rotativo, ou seja, não faça o pagamento mínimo do cartão. Uma fatura não paga de R$1.000 no cartão de crédito se transforma em uma dívida de mais de R$4.000 em um ano.
A chamada anuidade é a taxa paga à operadora para o uso do cartão. Ela pode ser paga à vista ou em parcelas mensais. “As taxas variam de uma administradora para outra. Ou seja, se estiver insatisfeito com a sua, procure negociar o valor ou mesmo a isenção”, aconselha Vignoli. Outro conselho do especialista é avaliar o tipo de cartão que possui, o que também barateia ou encarece a anuidade. Por exemplo, não adianta ter um ‘internacional’, que custa mais caro, se você não vai fazer compras no exterior. Os ‘nacionais’ normalmente têm custos mais baixos. Além disso, é preciso verificar o valor total da anuidade. Como em muitos casos ela é cobrada em parcelas, pode parecer uma valor baixo. Mas quando vemos a soma anual, dá para perceber que o valor é bem relevante.
Cuidado com o número de cartões na carteira. “Uma parcela expressiva da população possui mais de um cartão e, ainda assim, ignora a cobrança de anuidades, juros e os riscos de não pagar uma fatura integral”, afirma Vignoli. Reflita se somente um cartão atende bem suas necessidades. E, mesmo que lhe ofereçam um cartão sem taxa de anuidade, se não for precisar dele de fato, por que duplicar as chances de perder o controle de seus gastos? Além disso, quanto mais cartões se tem, mais fácil extrapolar o orçamento, já que o gasto final é a soma de todos os limites dos vários cartões!
Fonte: Meu Bolso Feliz