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A taxa de câmbio é a relação de troca da moeda de um país pela moeda de outro país. Assim, o câmbio retrata, de certa forma, a competitividade de produtos e serviços brasileiros no mercado internacional e de produtos e serviços estrangeiros no nosso mercado.
Se a moeda brasileira fica desvalorizada em relação ao dólar, nossos produtos ficam mais baratos, mais competitivos em termos de preço. Ao contrário, se a moeda brasileira se valoriza em relação ao dólar, nós ficamos mais ricos, achando que podemos comprar tudo de fora.
E aí, é aquela maravilha que a gente tem vivido nos últimos anos: é mais barato passar férias em Miami do que em alguma praia brasileira e, assim, vamos nós, rumo aos aeroportos e o nosso dinheiro vai também rumo a outros mercados.
E o Brasil vai perdendo divisas, tanto no comércio internacional como no turismo. Os turistas estrangeiros passaram a achar o Brasil um país surreal, extremamente caro para o seu "bico", e nós passamos a viajar como nunca para o exterior.
O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em uma palestra realizada mês passado na Associação Brasileira de Proteína Animal, escolheu o câmbio como tema para fazer um alerta.
Segundo o economista, o grande desafio do próximo presidente da República será enfrentar um ajuste do câmbio. Ele não especificou quanto deveria ser hoje a cotação mais adequada do dólar em relação ao real. Depende muito do setor. Há áreas que falam de R$ 2,40 e outros podem dizer que é R$ 2,90.
Para Meirelles, o ajuste desse preço relativo é inevitável, já que o Brasil vem registrando déficits de conta-corrente há vários anos e isso poderia melhorar o saldo das exportações e da nossa tão combalida balança comercial. Na visão de Meirelles, "a tendência do câmbio é de depreciação, só não é possível precisar a questão de quando virá".
Trocando em miúdos, do economês de Meirelles para o bom português: a moeda americana deve passar por um processo de valorização em relação ao real.
Portanto, é importante ficar hoje com um olho no peixe e o outro no câmbio, principalmente quem tem compromissos futuros em dólar.
Fonte: Revista Perfil