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Praticamente a metade das mulheres brasileiras consegue pagar todas as contas do mês, sendo que, na maioria das vezes, ainda sobra um pouco de dinheiro para guardar ou comprar algo que queiram. Porém, em meio à crise econômica atual, é alarmante o número de consumidoras que chegam ao fim do mês sem nenhuma sobra financeira ou até mesmo no vermelho: 50,4% estão nessa situação. É o que mostra uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Entre as mulheres que não conseguem pagar as contas mensais, a principal justificativa é o comprometimento com os gastos considerados básicos, como as contas de luz, água, aluguel e a compra de mantimentos como arroz e feijão.
De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, esse quadro preocupa porque, em tempos de crise, o risco de desemprego é maior. “O avanço da inflação e o aumento no desemprego desde o ano passado estão corroendo o poder de compra dos consumidores e provocando um desequilíbrio no orçamento pessoal e familiar de muitas famílias. O desafio é ajustar os gastos de modo a não se endividar e, se possível, fazer uma reserva”, explica.
Dentre outras razões apontadas pelas entrevistadas para não conseguirem pagar as contas mensais também está a falta de controle com os gastos, citado por 18,2% da amostra, com percentuais maiores entre as respondentes mais jovens (27,5%), e ainda os gastos realizados além do que o orçamento permite por outros moradores da casa (15,0%, aumentando para 24,2% entre aquelas com idade entre 35 e 54 anos).
Falta de informação e de dinheiro impedem preparo para aposentadoria
Para avaliar a capacidade de planejamento e organização financeira no médio prazo, a pesquisa também questionou as entrevistadas sobre o que fariam caso ganhassem algum dinheiro extra, correspondente ao ganho de 12 meses de salário. Diante deste cenário, a atitude mais comum para as mulheres seria a de guardar para alguma emergência (34,7%, aumentando para 45,1% entre as mais velhas e 39,6% entre as solteiras). Além disso, também foram citadas a reforma da casa (33,9%), o pagamento de dívidas e o desejo de fazer uma viagem (26,2%).
Se, em curto prazo, a situação financeira das entrevistadas preocupa, também é alarmante a situação da preparação para o futuro e para a aposentadoria. O estudo indica que 19,6% não se preparam por não saber por onde começar e cerca de 12,1% gostariam de preparar-se, mas dizem não ter sobra de dinheiro para guardar. Outros 19,0% afirmam se preparar dependendo do INSS, enquanto 13,0% pretendem recorrer à poupança e/ou investimentos. Apenas 4,7% preparam-se por meio de previdência privada.
O educador financeiro do SPC Brasil e portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, lembra que é preciso buscar informações a respeito da aposentadoria para poder se preparar: “Muitas pessoas pensam que só adianta poupar ou investir se for uma quantia grande e por isso desistem de se organizar para a aposentadoria. Cada um deve agir conforme a própria realidade financeira, mas sabendo que os benefícios serão colhidos dentro de vários anos, justamente quando a pessoa mais precisar”, afirma Vignoli.
Em média, as entrevistadas que estão se preparando para a aposentadoria o fazem há 13 anos, média que aumenta com o avanço da faixa etária e entre as entrevistadas das classes A e B.
Cartão de crédito: produto com maior acesso entre as mulheres
A pesquisa também mapeou o acesso das mulheres aos serviços financeiros e entre os serviços e produtos financeiros de maior acesso estão o cartão de crédito (56,9%), a conta corrente (55,9%) e a poupança e investimentos (53,1%) – em muitos casos, compartilhados com os cônjuges ou ainda em nome de terceiros. Entre os produtos e serviços exclusivamente no nome das entrevistadas, os mais citados são o a conta corrente (48,2%) e o cartão de crédito (42,9%).
Também foi avaliada a satisfação das entrevistadas em relação às instituições prestadoras destes serviços, e o estudo mostra que o segmento não está conseguindo atingir o objetivo de atender às necessidades das mulheres: a média da satisfação com itens que permeiam o relacionamento entre as instituições e as mulheres ficaram entre as notas 5 e 6, considerando uma escala de 10 pontos.
“Esse é um importante gancho para que as empresas desse setor possam entender o que as consumidoras brasileiras procuram”, explica Kawauti. “Identificar seu público alvo e entender o universo feminino são possíveis estratégias para os empresários conseguirem atender seus consumidores e aumentarem suas vendas”, indica a economista.
Apesar dessa nota, quando as mulheres necessitam de informações sobre investimentos, empréstimo ou outros produtos financeiros, a preferência de 34,9% é justamente procurar nessas instituições e em bancos, seguidos dos amigos e da família (20,1%). Outros 25,8% das entrevistadas afirmam não usar serviços financeiros.
Metodologia
O SPC Brasil inicia a série de pesquisas “O Perfil de Consumo das Mulheres Brasileiras”. A amostra abrange 810 mulheres com idade igual ou superior a 18 anos, de todas as classes sociais em todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.
Baixe a pesquisa na íntegra: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/pesquisas
Fonte: CNDL
O Senado aprovou nesta terça-feira (29), por unanimidade, um projeto que autoriza o microempreendedor individual (MEI) a usar o endereço da própria casa como sede da empresa. A liberação vale somente nos casos em que a atividade não precisar de um local próprio para ser exercida.
O texto, que também foi aprovado por unanimidade na Câmara, segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.
A medida tem como objetivo facilitar a adesão de microempreendedores ao Simples Nacional, regime tributário simplificado para empresas de pequeno e médio porte. Atualmente, leis estaduais costumam vetar o uso do endereço residencial para o cadastro de empresas. A lei federal sobre o tema não impedia o cadastro nesses casos.
O relator da proposta, senador Blairo Maggi (PR-MT), defendeu que o projeto facilitará a vida dos pequenos empreendedores. “É racionalmente e economicamente viável que o empreendedor utilize a sua própria residência para o exercício de sua atividade empresarial, com substancial economia de recursos”, diz Maggi, no relatório.
“É de conhecimento geral o fato de os pequenos empreendedores corriqueiramente fazerem uso de suas próprias residências para o exercício de suas atividades profissionais, as quais, muitas vezes, não dependem de um local específico muito elaborado ou sujeito a pré- requisitos operacionais”, afirmou.
Mudança
Os senadores chegaram a votar uma proposta de alteração ao texto que acrescentava o uso de escritórios compartilhados ou virtuais como possibilidades de sede de estabelecimento de Microempreendedor Individual. A emenda, no entanto, foi rejeitada pelo plenário.
Segundo parlamentares contrários à aprovação da mudança, a legislação atual não proíbe essa possibilidade e, se o Senado fizesse alteração no texto, o projeto teria de retornar à Câmara dos Deputados.
Fonte: CNDL
Muitas pessoas conhecem o cadastro de registro negativo, no qual o consumidor tem seu nome inscrito na lista dos maus pagadores. Porém, o que muita gente não sabe é que também existe o oposto. O chamado Cadastro Positivo foi criado para que a pessoa física ou jurídica possa ser avaliada por suas contas pagas, ou seja, tenha seu nome incluído na lista de bons pagadores. Em meio à atual conjuntura econômica, o Cadastro Positivo pode facilitar a análise e ajudar na aprovação de crédito, cada vez mais difícil em tempo de crise.
A expectativa do presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro Junior, é de que o processo de avaliação e concessão de crediários e de linhas de financiamentos seja desburocratizado para quem aderir ao Cadastro Positivo, podendo incidir até mesmo em redução das taxas de juros e na flexibilização dos prazos para pagamento. “O Cadastro Positivo poderá facilitar muito a vida do consumidor no momento da aquisição de um empréstimo, já que as informações positivas a seu respeito poderão ser utilizadas pelo mercado como ferramenta para análise e reconhecimento do bom pagador”, diz.
Grande parte dos consumidores brasileiros desconhece o Cadastro Positivo, porém em países como Estados Unidos, Inglaterra, China, Chile e México, o Cadastro Positivo é uma realidade já conhecida e considerada como um elemento transformador para o mercado financeiro.
“Com as informações do Cadastro Positivo, as financeiras, os bancos, as lojas e demais estabelecimentos comerciais contarão com mais informações para conceder o crédito ou realizar a venda a prazo, podendo praticar melhores condições comerciais”, explica Simone Lombardi, gerente de Produtos e Inteligência de Mercado do SPC Brasil.
Cadastro Positivo presente principalmente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste
De acordo com dados do SPC Brasil, 73,4% dos consumidores que aderiram ao Cadastro Positivo até o final de 2015 moram nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e 26,5% no Norte e Nordeste. Mais da metade desses consumidores é do sexo masculino (52,0%, e 48,0% feminino).
A maior parte deles tem entre 30 e 49 anos (33,4%), seguido dos consumidores com idade entre 40 e 49 anos (20,3%) e entre 25 e 29 anos (17,7%). Em relação à classe social de quem aderiu ao Cadastro Positivo, mais da metade (53,26%) pertence à classe C.
Negativados também podem aderir ao Cadastro Positivo
Não necessariamente apenas os consumidores que pagam em dia podem aderir ao Cadastro Positivo – quem está ou esteve com o nome negativado também pode. O presidente do SPC Brasil explica que a restrição pode ser sanada a qualquer momento, caso haja o pagamento das contas atrasadas ou acordo realizado com o credor. “A negativação também pode ocorrer em decorrência de esquecimento ou por motivos justificados, e sempre que houver o pagamento dos compromissos que estavam em atraso, essas informações passarão a constar no histórico do consumidor cadastrado”, diz Pellizzaro.
Uma pesquisa recente realizada pelo SPC Brasil mostra que as contas em atraso de internet e TV por assinatura foram as que tiveram os maiores índices de sucesso nas cobranças para o pagamento da dívida, ou seja, elas de fato foram pagas após a cobrança – 54,0% e 52,0%, respectivamente. “Nesses casos, por exemplo, o Cadastro Positivo, permite que o consumidor apresente um bom histórico de pagamentos, incluindo a regularização de pendências básicas, como água e luz”.
O presidente ainda lembra que a abertura do cadastro requer autorização prévia do consumidor. A adesão pode ser feita por qualquer pessoa física e/ou jurídica. No caso de Pessoa Física, o consumidor deve ser maior de 18 anos ou emancipado, e assinar expressamente a autorização para que seus dados cadastrais passem a constar no banco de dados do Cadastro Positivo. Já para as empresas, é necessário que os representantes legais autorizem a adesão para abertura do cadastro.
Fonte: CNDL