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Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) identificou quais são as principais dívidas e o comportamento frente ao processo de recuperação de crédito dos atuais inadimplentes e de quem esteve nessa situação há no máximo doze meses. Os dados indicam uma situação crítica no orçamento dos brasileiros: seis em cada dez desses consumidores não sabem quanto estão devendo e 36,0% não sabem também a quantidade de empresas para que devem. Entre os que têm conhecimento, o valor médio das dívidas chega a R$ 3.422,29 e o número médio de empresas com quem têm pendências em atraso é de 2,1.
O estudo mostra que este descontrole também é expressivo em relação ao desconhecimento do número de parcelas realizadas no momento da compra e que das que não foram pagas. No caso do financiamento de um carro ou moto são 47,6 parcelas contratadas, em média, sendo que destas 9,6 não foram pagas. Também é significativa a média de parcelas não pagas para os empréstimos (9,6 de 26 parcelas contratadas).
De acordo com a pesquisa o cartão de crédito é o maior vilão entre as contas que levaram os brasileiros a ficarem com o nome sujo, mencionado por 43,4% dos entrevistados. Em seguida, aparecem os empréstimos (23,5%) e os cartões de lojas varejistas (19,3%).
As principais justificativas para a falta de pagamento dessas contas foram o desemprego (29,2%) e a redução da renda (14,6%). De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dois fatores conjugados pioram ainda mais a situação do orçamento dos brasileiros. “A atual conjuntura econômica está causando uma alta no número de desempregados e minando o poder de compra dos brasileiros devido à inflação elevada e as altas taxas de juros”, explica.
Com a inadimplência batendo à porta dos brasileiros, os gastos que mais sofreram cortes para o pagamento das contas em atraso foram os gastos com de lazer, mencionados por 41,2% daqueles que pretendem quitar suas dívidas, os gastos com roupas e calçados (38,6%) e com alimentação fora de casa (27,5%). Para aqueles que possuem mais de uma conta em atraso, a prioridade de pagamento é das que possuem a maior taxa de juros (37,2%), seguidas pelas que possibilitam a manutenção do consumo por serem utilizadas para o parcelamento de novas compras, ou seja, o cartão de crédito, os cartões de loja e o crediário (22,9%).
O estudo do SPC Brasil mostra que a consequência mais vivenciada por quase metade dos inadimplentes e ex-inadimplentes entrevistados é a restrição do pagamento parcelado ao fazer novas compras (45,5%), sendo possível somente fazer compras com pagamento à vista.
Mais da metade procura o credor para negociar as dívidas
De acordo com os dados, a estratégia mais adotada pelos entrevistados que pagaram ou pretendem pagar suas contas, foi ou deverá ser a tentativa de um acordo com o credor, para 57,1%, tendo sido feitos em média 2,5 contatos. No entanto, quando investigadas as maiores dificuldades enfrentadas para limpar o nome, o acordo com o credor também está em primeiro lugar, (36,3%) o que demonstra a dificuldade dos devedores no processo de negociação para o pagamento da dívida.
Segundo a economista, as propostas feitas pelas empresas credoras às vezes são incompatíveis com as possibilidades de pagamento dos entrevistados. “Além de buscar uma negociação que lhe seja favorável, o consumidor deve estar ciente do esforço que precisa fazer. Ele tem que rever as prioridades do orçamento”, diz Kawauti. “As altas taxas de juros do mercado merecem atenção dos brasileiros, que devem ponderar os valores de cada crédito contratado e sua capacidade de honrar os pagamentos.”
Na percepção dos entrevistados, a situação de inadimplência é resolvida, na média, em 16 meses e a intenção de pagamento é motivada principalmente por essa ser considerada uma atitude correta (65,0%). Porém, 51,5% dos entrevistados acreditam que ter o nome limpo é importante, independente de qualquer situação ou contexto.
Oito em cada dez fazem contraproposta ao credor
A pesquisa mostra que, entre aqueles que já tentaram ao menos uma negociação, oito em cada dez (78,8%) fizeram uma contraproposta ao credor e 41,4% se prepararam para poder debater as condições para quitação da dívida, sendo o telefone o meio mais utilizado para entrar em contato com a empresa credora. Entre os que não fizeram uma contraproposta, a justificativa mais comum é que a proposta feita pela empresa credora foi considerada interessante pelos entrevistados. Além da negociação, as empresas ainda ofereceram um desconto médio de 24% para o pagamento da dívida à vista, sendo esta a principal forma de pagamento (56,4%) seguida pelas parcelas no carnê ou crediário (21,7%).
O principal motivo para aceitar a proposta de negociação foi o valor acessível da prestação, independente do valor final da dívida e considerando os juros. Para viabilizar o pagamento da renegociação, os entrevistados pretendem economizar ou cortar gastos. Mudar os hábitos e economizar também foi a principal atitude dos entrevistados (30,9%) quando descobriram que estavam com o nome sujo.
O educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, afirma que esse, de fato, é o melhor caminho a ser seguido por quem está com o nome sujo. “Quem está endividado deve cortar ao máximo os gastos e concentrar esforços para a negociação das contas em atraso”, afirma. “É preciso pagar primeiro as dívidas com juros mais altos e, se necessário, até mesmo fazer a portabilidade da dívida para outro banco ou modalidade que tenha taxas menores. Agora, o mais importante é ter em mente que neste momento não se deve assumir novas pendências, comprar coisas desnecessárias.”
Entre os entrevistados que não estão mais inadimplentes, 67,4% pagaram todas as prestações ou estão com as prestações em dia e 32,6% estão devendo ao menos uma parcela. Após a quitação das dívidas, 78,3% dos ex-inadimplentes verificaram se de fato o nome foi retirado dos cadastros de proteção ao crédito.
51% desconhecem sites e aplicativos de negociação de dívidas
O estudo do SPC Brasil e CNDL identificou o desconhecimento sobre sites e aplicativos de celular de negociações de dívidas. Cerca de metade dos entrevistados (51,0%) afirmaram não conhecer essas plataformas, principalmente as pessoas com 55 anos ou mais (63,4%).
A falta de confiança se o nome será de fato limpo (24,5%) e de conhecimento sobre como utilizar o site (18,2%) ainda representam barreiras a serem vencidas por este tipo de serviço online.
Metodologia
A pesquisa entrevistou 1.088 consumidores residentes em todas as regiões brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais, atuais inadimplentes ou ex-inadimplentes há no máximo 12 meses. A margem de erro é de 3,0 pontos percentuais para uma confiança de 95%.
Acesse a íntegra da pesquisa em:
https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/pesquisas
Fonte: CNDL
Praticamente a metade das mulheres brasileiras consegue pagar todas as contas do mês, sendo que, na maioria das vezes, ainda sobra um pouco de dinheiro para guardar ou comprar algo que queiram. Porém, em meio à crise econômica atual, é alarmante o número de consumidoras que chegam ao fim do mês sem nenhuma sobra financeira ou até mesmo no vermelho: 50,4% estão nessa situação. É o que mostra uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Entre as mulheres que não conseguem pagar as contas mensais, a principal justificativa é o comprometimento com os gastos considerados básicos, como as contas de luz, água, aluguel e a compra de mantimentos como arroz e feijão.
De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, esse quadro preocupa porque, em tempos de crise, o risco de desemprego é maior. “O avanço da inflação e o aumento no desemprego desde o ano passado estão corroendo o poder de compra dos consumidores e provocando um desequilíbrio no orçamento pessoal e familiar de muitas famílias. O desafio é ajustar os gastos de modo a não se endividar e, se possível, fazer uma reserva”, explica.
Dentre outras razões apontadas pelas entrevistadas para não conseguirem pagar as contas mensais também está a falta de controle com os gastos, citado por 18,2% da amostra, com percentuais maiores entre as respondentes mais jovens (27,5%), e ainda os gastos realizados além do que o orçamento permite por outros moradores da casa (15,0%, aumentando para 24,2% entre aquelas com idade entre 35 e 54 anos).
Falta de informação e de dinheiro impedem preparo para aposentadoria
Para avaliar a capacidade de planejamento e organização financeira no médio prazo, a pesquisa também questionou as entrevistadas sobre o que fariam caso ganhassem algum dinheiro extra, correspondente ao ganho de 12 meses de salário. Diante deste cenário, a atitude mais comum para as mulheres seria a de guardar para alguma emergência (34,7%, aumentando para 45,1% entre as mais velhas e 39,6% entre as solteiras). Além disso, também foram citadas a reforma da casa (33,9%), o pagamento de dívidas e o desejo de fazer uma viagem (26,2%).
Se, em curto prazo, a situação financeira das entrevistadas preocupa, também é alarmante a situação da preparação para o futuro e para a aposentadoria. O estudo indica que 19,6% não se preparam por não saber por onde começar e cerca de 12,1% gostariam de preparar-se, mas dizem não ter sobra de dinheiro para guardar. Outros 19,0% afirmam se preparar dependendo do INSS, enquanto 13,0% pretendem recorrer à poupança e/ou investimentos. Apenas 4,7% preparam-se por meio de previdência privada.
O educador financeiro do SPC Brasil e portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, lembra que é preciso buscar informações a respeito da aposentadoria para poder se preparar: “Muitas pessoas pensam que só adianta poupar ou investir se for uma quantia grande e por isso desistem de se organizar para a aposentadoria. Cada um deve agir conforme a própria realidade financeira, mas sabendo que os benefícios serão colhidos dentro de vários anos, justamente quando a pessoa mais precisar”, afirma Vignoli.
Em média, as entrevistadas que estão se preparando para a aposentadoria o fazem há 13 anos, média que aumenta com o avanço da faixa etária e entre as entrevistadas das classes A e B.
Cartão de crédito: produto com maior acesso entre as mulheres
A pesquisa também mapeou o acesso das mulheres aos serviços financeiros e entre os serviços e produtos financeiros de maior acesso estão o cartão de crédito (56,9%), a conta corrente (55,9%) e a poupança e investimentos (53,1%) – em muitos casos, compartilhados com os cônjuges ou ainda em nome de terceiros. Entre os produtos e serviços exclusivamente no nome das entrevistadas, os mais citados são o a conta corrente (48,2%) e o cartão de crédito (42,9%).
Também foi avaliada a satisfação das entrevistadas em relação às instituições prestadoras destes serviços, e o estudo mostra que o segmento não está conseguindo atingir o objetivo de atender às necessidades das mulheres: a média da satisfação com itens que permeiam o relacionamento entre as instituições e as mulheres ficaram entre as notas 5 e 6, considerando uma escala de 10 pontos.
“Esse é um importante gancho para que as empresas desse setor possam entender o que as consumidoras brasileiras procuram”, explica Kawauti. “Identificar seu público alvo e entender o universo feminino são possíveis estratégias para os empresários conseguirem atender seus consumidores e aumentarem suas vendas”, indica a economista.
Apesar dessa nota, quando as mulheres necessitam de informações sobre investimentos, empréstimo ou outros produtos financeiros, a preferência de 34,9% é justamente procurar nessas instituições e em bancos, seguidos dos amigos e da família (20,1%). Outros 25,8% das entrevistadas afirmam não usar serviços financeiros.
Metodologia
O SPC Brasil inicia a série de pesquisas “O Perfil de Consumo das Mulheres Brasileiras”. A amostra abrange 810 mulheres com idade igual ou superior a 18 anos, de todas as classes sociais em todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.
Baixe a pesquisa na íntegra: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/pesquisas
Fonte: CNDL
O Senado aprovou nesta terça-feira (29), por unanimidade, um projeto que autoriza o microempreendedor individual (MEI) a usar o endereço da própria casa como sede da empresa. A liberação vale somente nos casos em que a atividade não precisar de um local próprio para ser exercida.
O texto, que também foi aprovado por unanimidade na Câmara, segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.
A medida tem como objetivo facilitar a adesão de microempreendedores ao Simples Nacional, regime tributário simplificado para empresas de pequeno e médio porte. Atualmente, leis estaduais costumam vetar o uso do endereço residencial para o cadastro de empresas. A lei federal sobre o tema não impedia o cadastro nesses casos.
O relator da proposta, senador Blairo Maggi (PR-MT), defendeu que o projeto facilitará a vida dos pequenos empreendedores. “É racionalmente e economicamente viável que o empreendedor utilize a sua própria residência para o exercício de sua atividade empresarial, com substancial economia de recursos”, diz Maggi, no relatório.
“É de conhecimento geral o fato de os pequenos empreendedores corriqueiramente fazerem uso de suas próprias residências para o exercício de suas atividades profissionais, as quais, muitas vezes, não dependem de um local específico muito elaborado ou sujeito a pré- requisitos operacionais”, afirmou.
Mudança
Os senadores chegaram a votar uma proposta de alteração ao texto que acrescentava o uso de escritórios compartilhados ou virtuais como possibilidades de sede de estabelecimento de Microempreendedor Individual. A emenda, no entanto, foi rejeitada pelo plenário.
Segundo parlamentares contrários à aprovação da mudança, a legislação atual não proíbe essa possibilidade e, se o Senado fizesse alteração no texto, o projeto teria de retornar à Câmara dos Deputados.
Fonte: CNDL
Muitas pessoas conhecem o cadastro de registro negativo, no qual o consumidor tem seu nome inscrito na lista dos maus pagadores. Porém, o que muita gente não sabe é que também existe o oposto. O chamado Cadastro Positivo foi criado para que a pessoa física ou jurídica possa ser avaliada por suas contas pagas, ou seja, tenha seu nome incluído na lista de bons pagadores. Em meio à atual conjuntura econômica, o Cadastro Positivo pode facilitar a análise e ajudar na aprovação de crédito, cada vez mais difícil em tempo de crise.
A expectativa do presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro Junior, é de que o processo de avaliação e concessão de crediários e de linhas de financiamentos seja desburocratizado para quem aderir ao Cadastro Positivo, podendo incidir até mesmo em redução das taxas de juros e na flexibilização dos prazos para pagamento. “O Cadastro Positivo poderá facilitar muito a vida do consumidor no momento da aquisição de um empréstimo, já que as informações positivas a seu respeito poderão ser utilizadas pelo mercado como ferramenta para análise e reconhecimento do bom pagador”, diz.
Grande parte dos consumidores brasileiros desconhece o Cadastro Positivo, porém em países como Estados Unidos, Inglaterra, China, Chile e México, o Cadastro Positivo é uma realidade já conhecida e considerada como um elemento transformador para o mercado financeiro.
“Com as informações do Cadastro Positivo, as financeiras, os bancos, as lojas e demais estabelecimentos comerciais contarão com mais informações para conceder o crédito ou realizar a venda a prazo, podendo praticar melhores condições comerciais”, explica Simone Lombardi, gerente de Produtos e Inteligência de Mercado do SPC Brasil.
Cadastro Positivo presente principalmente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste
De acordo com dados do SPC Brasil, 73,4% dos consumidores que aderiram ao Cadastro Positivo até o final de 2015 moram nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e 26,5% no Norte e Nordeste. Mais da metade desses consumidores é do sexo masculino (52,0%, e 48,0% feminino).
A maior parte deles tem entre 30 e 49 anos (33,4%), seguido dos consumidores com idade entre 40 e 49 anos (20,3%) e entre 25 e 29 anos (17,7%). Em relação à classe social de quem aderiu ao Cadastro Positivo, mais da metade (53,26%) pertence à classe C.
Negativados também podem aderir ao Cadastro Positivo
Não necessariamente apenas os consumidores que pagam em dia podem aderir ao Cadastro Positivo – quem está ou esteve com o nome negativado também pode. O presidente do SPC Brasil explica que a restrição pode ser sanada a qualquer momento, caso haja o pagamento das contas atrasadas ou acordo realizado com o credor. “A negativação também pode ocorrer em decorrência de esquecimento ou por motivos justificados, e sempre que houver o pagamento dos compromissos que estavam em atraso, essas informações passarão a constar no histórico do consumidor cadastrado”, diz Pellizzaro.
Uma pesquisa recente realizada pelo SPC Brasil mostra que as contas em atraso de internet e TV por assinatura foram as que tiveram os maiores índices de sucesso nas cobranças para o pagamento da dívida, ou seja, elas de fato foram pagas após a cobrança – 54,0% e 52,0%, respectivamente. “Nesses casos, por exemplo, o Cadastro Positivo, permite que o consumidor apresente um bom histórico de pagamentos, incluindo a regularização de pendências básicas, como água e luz”.
O presidente ainda lembra que a abertura do cadastro requer autorização prévia do consumidor. A adesão pode ser feita por qualquer pessoa física e/ou jurídica. No caso de Pessoa Física, o consumidor deve ser maior de 18 anos ou emancipado, e assinar expressamente a autorização para que seus dados cadastrais passem a constar no banco de dados do Cadastro Positivo. Já para as empresas, é necessário que os representantes legais autorizem a adesão para abertura do cadastro.
Fonte: CNDL